O bom orador é aquele que escreve e estuda seu discurso, mas na hora de proferi-lo, o faz sem ler, direcionando sua fala, seus gestos e seus olhares diretamente para a platéia. Da mesma forma, musicistas deveriam dispensar o uso de cifras e partituras durante a apresentação, focando o máximo de atenção na sua expressão musical e na interação com o público, uma vez que as canções já são conhecidas e foram previamente ensaiadas.
No entanto, existem casos em que essa prática se torna praticamente inviável em virtude de situações inesperadas ou execuções muito complexas. A 9a Sinfonia de Beethoven, com 74 minutos de duração, é um bom exemplo onde o uso de partituras se torna indispensável para músicos eruditos em grandes concertos! No outro extremo, existe aquela situação do músico de barzinho que ao longo da noite recebe os mais variados pedidos de músicas escritos em guardanapos de papel (sujos de gordura)! Naturalmente, nem todos os pedidos fazem parte do repertório habitual do músico, logo, um bom acervo de letras e cifras pode ajudar nessa hora.
No entanto, existem casos em que essa prática se torna praticamente inviável em virtude de situações inesperadas ou execuções muito complexas. A 9a Sinfonia de Beethoven, com 74 minutos de duração, é um bom exemplo onde o uso de partituras se torna indispensável para músicos eruditos em grandes concertos! No outro extremo, existe aquela situação do músico de barzinho que ao longo da noite recebe os mais variados pedidos de músicas escritos em guardanapos de papel (sujos de gordura)! Naturalmente, nem todos os pedidos fazem parte do repertório habitual do músico, logo, um bom acervo de letras e cifras pode ajudar nessa hora.
Ocasiões como essas são boas oportunidades para a utilização da pasta digital de cifras, letras e partituras, tal como apresentado no artigo iPad Cifras. No entanto, dificilmente vai existir uma banda, muito menos uma orquestra, em que todos os integrantes possuem um tablet para esta finalidade, surgindo então a necessidade de compartilhá-lo com os demais músicos. Felizmente, não será necessário ficar "coladinho" com os outros disputando espaço para visualizar a tela, já que é possível distribuir a imagem através da conexão a monitores de vídeo externos que mostram o mesmo conteúdo da tela do iPad.
Para tanto, são necessários os seguintes itens:
- iPad
- Monitor de Vídeo
- Adaptador e Cabo VGA
- Software compatível
Monitor
Cifras e partituras seguem o padrão de orientação vertical, logo, o mais natural é utilizar o iPad nessa posição, tal como uma folha de papel em pé. Ocorre que, nesse sentido, a visualização em monitores widescreen fica prejudicada, uma vez que a imagem acaba sendo distorcida em função da diferença de orientação entre o iPad (vertical) e o monitor (horizontal). Por essa razão, os monitores com aspecto 4:3 são os mais adequados, pois se assemelham melhor ao formato de tela do iPad.
Quanto ao posicionamento do monitor, acredito que a melhor opção é mantê-lo apoiado na estante de partituras, preso por um elástico, velcro ou fita adesiva. Neste caso, vale a pena remover a base de apoio, retirando alguns parafusos na parte traseira ou inferior, dependendo do modelo.
Quanto ao posicionamento do monitor, acredito que a melhor opção é mantê-lo apoiado na estante de partituras, preso por um elástico, velcro ou fita adesiva. Neste caso, vale a pena remover a base de apoio, retirando alguns parafusos na parte traseira ou inferior, dependendo do modelo.
Monitor apoiado na estante de partituras.
Adaptador e Cabos
Para externalizar o sinal de vídeo do iPad é necessário conectar o adaptador VGA, vendido pela Apple como um acessório a parte. Com ele é possível interligar o tablet e o monitor através de um cabo de vídeo VGA comum. Para utilização no palco, recomenda-se que o cabo seja longo o bastante para não ficar esticado e dar aquela impressão de varal, e também para evitar tropeços e acidentes! Na falta de um cabo maior, pode-se interligar vários cabos menores com o uso de extensores ou emendas VGA, facilmente encontrados em lojas de eletrônica e informática.
Caso se necessite distribuir a imagem do iPad para mais de um monitor, basta conectar a saída do adaptador VGA a um distribuidor de vídeo VGA, com quantidade de saídas igual ou superior ao número de monitores utilizados. Assim, a imagem do iPad será "espelhada" em todos os monitores, sem atraso e sem perda de qualidade!
Para externalizar o sinal de vídeo do iPad é necessário conectar o adaptador VGA, vendido pela Apple como um acessório a parte. Com ele é possível interligar o tablet e o monitor através de um cabo de vídeo VGA comum. Para utilização no palco, recomenda-se que o cabo seja longo o bastante para não ficar esticado e dar aquela impressão de varal, e também para evitar tropeços e acidentes! Na falta de um cabo maior, pode-se interligar vários cabos menores com o uso de extensores ou emendas VGA, facilmente encontrados em lojas de eletrônica e informática.
Caso se necessite distribuir a imagem do iPad para mais de um monitor, basta conectar a saída do adaptador VGA a um distribuidor de vídeo VGA, com quantidade de saídas igual ou superior ao número de monitores utilizados. Assim, a imagem do iPad será "espelhada" em todos os monitores, sem atraso e sem perda de qualidade!
Distribuidor de vídeo VGA de 4 saídas.
Além da capacidade de abrir arquivos .doc e .pdf, o aplicativo deve apresentar a funcionalidade "Video Out" ou "Mirror", o que significa que ele irá redirecionar a imagem do iPad para a saída de vídeo através do adaptador VGA. Essa informação pode ser encontrada na página de informações e download do aplicativo na App Store. Particularmente, utilizo o iAnnotate para esta finalidade, mas existem diversos outros, basta pesquisar...
Na prática
Venho utilizando esse sistema em uma missa especial, com cerca de duas horas de duração, onde a composição da banda varia semanalmente e não há ensaios ou passagem de som (Toras Band!). As canções que fazem parte do rito formal da missa são escolhidas antecipadamente e organizadas em um arquivo de texto com cifras, porém, durante a celebração, surge a necessidade de tocar músicas que não estavam previstas, muitas vezes a pedido do padre ou por iniciativa da própria banda, dependendo do tema de oração ou reflexão que está sendo conduzido. Nessas condições, a utilização do iPad como pasta digital de músicas cifradas, aliada a replicação da imagem em monitores externos, tem se mostrado uma solução bastante simples e efetiva, uma vez que proporciona rapidez na busca por canções relacionadas ao assunto abordado e, principalmente, uniformidade harmônica na execução musical, já que todos seguem a mesma cifra e ninguém precisa ficar "pescando" as notas de ouvido!
Na prática
Venho utilizando esse sistema em uma missa especial, com cerca de duas horas de duração, onde a composição da banda varia semanalmente e não há ensaios ou passagem de som (Toras Band!). As canções que fazem parte do rito formal da missa são escolhidas antecipadamente e organizadas em um arquivo de texto com cifras, porém, durante a celebração, surge a necessidade de tocar músicas que não estavam previstas, muitas vezes a pedido do padre ou por iniciativa da própria banda, dependendo do tema de oração ou reflexão que está sendo conduzido. Nessas condições, a utilização do iPad como pasta digital de músicas cifradas, aliada a replicação da imagem em monitores externos, tem se mostrado uma solução bastante simples e efetiva, uma vez que proporciona rapidez na busca por canções relacionadas ao assunto abordado e, principalmente, uniformidade harmônica na execução musical, já que todos seguem a mesma cifra e ninguém precisa ficar "pescando" as notas de ouvido!
iPad Monitor em ação!
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Grande Bruno! Bom saber que você voltou a escrever por aqui. Abraço
ResponderExcluirBarata
This is awesome!
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